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A polarização na disputa federal dá sinais de que o ódio dá as cartas

Disputas políticas no Brasil sempre foram configuradas por um jogo sujo, mas este ano é sujeira nutrida por discursos de ódio

Lula e Bolsonaro, os atores principais da disputa 2022 - 

É muito triste. Estamos vivendo uma disputa política como no tempo do meu bisavô, ninguém pode falar com quem é do outro lado porque Dr. Fulano é inimigo, e nisso aparecem até os assassinos por razões políticas. Me dá medo, sabe?

O desabafo aí, em tom melancólico, é da deputada estadual Ivana Bastos (PSD), sobre ‘o clima’ que se forma em torno da disputa em 2022. Foi bomba de fezes em ato pró-Lula, no Rio, outra contra o carro  do juiz federal Renato Borelli, em Brasília, o tiro contra a redação do jornal Folha de S. Paulo, em São Paulo, e o assassinato do militante petista, em Foz do Iguaçu.

Disputas políticas no Brasil sempre foram configuradas por um jogo sujo, mas este ano é sujeira nutrida por discursos de ódio que instalaram a podridão. O que era ruim piorou, passou a feder – e feder forte.

Rima maldita —Bolsonaro até apareceu em cena para dizer que dispensa “o apoio de quem pratica violência contra adversário”’, mas o deputado estadual Robinson Almeida (PT) diz que esse discurso é nulo.

— Isso é resultado do clima de ódio instalado no País pelo próprio Bolsonaro, que sinalizou a favor disso quando deu o indulto a Daniel Silveira.

Um detalhe: petistas que antes tiravam sarro dos bolsonaristas, dizendo que eles só fazem barulho, “pois não mataram nem Adélio” (O que deu a facada em Bolsonaro), não mais farão tal discurso. 

Prevalece a tese segundo a qual extremista, de direita ou de esquerda, rima com terrorista.

A discussão mais burra

Filiado ao UB de ACM Neto, o deputado Luciano Simões Filho diz que o clima político de 2022 está de fato pior do que antes:

— A sociedade está assistindo uma discussão cada vez mais burra.

Diz Luciano que no jogo político deveria prevalecer sempre o interesse público em primeiro lugar, mas o embate político desse jeito vai exatamente na contramão do que se pretende.

Rui, apostas deram errado

Aliados de Rui Costa dizem que nos sete anos e meio de poder ele fez duas apostas erradas, ambas relativas a União dos Prefeitos (UPB).

Uma foi Maria Quitéria, ex-prefeita de Cardeal da Silva, que sumiu do mapa. Outra foi Zé Cocá (PP), prefeito de Jequié e ainda hoje presidente da UPB, que no racha do PP de Leão acompanhou o partido e deixou o governad0r na mão.

Outra aposta, a Major Denice ainda está em teste.

Inverno com a cara do verão

O sol bateu forte no último domingo em Salvador e o resultado foi surpreendente: em pleno inverno, a orla, a começar pelo Farol da Barra, apinhada de gente.

Jurandir Massa, empresário paulista que curtia o Centro Histórico, também cheio, se dizia feliz:

— Saí de São Paulo para fugir do frio. E acertei.

Ele diz  já estar acostumado e correr para cá quando a situação aperta lá.

Na nova pesquisa da Real, quase tudo vai como antes

A pesquisa TV Record/Real Time Big Data, ontem divulgada, não apresenta muitas diferenças em relação à da Exame/Ideia, divulgada na semana passada. Na de agora, dá Neto, 56; Jerônimo, 18; João Roma, 10. Na outra, Neto, 51; Jerônimo, 18; e João Roma, 13. Tecnicamente, dá no mesmo.

No Senado, sim, houve alteração substancial. Otto Alencar veio na Real com 29, contra 10 de Raíssa, 8 de Cacá e 6 de Tâmara; e apareceu na Exame com 22, contra 13 de Cacá, 11 de Raíssa e 5 de Tâmara. Mas no conjunto, incluindo as que antecederam, isso sinaliza o de sempre, estamos marchando para o início da campanha eleitoral, e se algo vai mudar será quando a propaganda oficial entrar em campo, a partir de agosto.


Autor: Levi Vasconcelos/A Tarde

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