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Secretário de Defesa dos EUA virá ao Brasil para ‘afirmar o papel dos militares na democracia’

Esse papel, declara o Pentágono, inclui 'o respeito às autoridades civis, aos processos democráticos e aos direitos humanos'

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin. Foto: AFP

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, viajará ao Brasil ainda neste mês para participar da 15ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas. A informação foi divulgada nesta sexta-feira 22 pelo Pentágono.

No evento, segundo o governo norte-americano, as delegações discutirão “desafios e oportunidades regionais compartilhados em uma atmosfera de diálogo aberto e confiança mútua”.

Austin participará de debates sobre “dissuasão integrada; defesa cibernética; Mulheres, Paz e Segurança; e assistência humanitária e resposta a desastres”.

Além disso, diz o Pentágono, o secretário “apoiará a afirmação do papel dos militares em uma sociedade democrática, incluindo o respeito às autoridades civis, aos processos democráticos e aos direitos humanos”.

O governo dos Estados Unidos ainda planeja enviar Austin a reuniões bilaterais no âmbito do evento. As agendas refletem, segundo a gestão de Joe Biden, “o profundo compromisso dos Estados Unidos com o trabalho ao lado de parceiros regionais para traçar nossa visão compartilhada de um Hemisfério Ocidental democrático, próspero e seguro“.

O comunicado sobre a viagem do secretário de Defesa dos Estados Unidos ao Brasil ocorre dias depois de o presidente Jair Bolsonaro (PL) reunir embaixadores em Brasília para repetir fake news sobre as urnas eletrônicas e atacar a Justiça Eleitoral. O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, estava presente.

Os Estados Unidos reagiram. Na quarta-feira 20, dois dias depois do encontro promovido por Bolsonaro, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, afirmou que o sistema eleitoral brasileiro é confiável e se tornou um exemplo para outros países. Ele acrescentou que o governo Biden espera que as instituições brasileiras atuem para defender a Constituição durante as eleições.

“Eleições vêm sendo conduzidas pelo sistema eleitoral brasileiro, capacitado e já testado, e pelas instituições democráticas com sucesso por muitos anos, então ele é um modelo para nações deste hemisfério e além”, disse Price, durante coletiva em Washington. “Como um parceiro democrático do Brasil, vamos acompanhar as eleições de outubro com grande interesse e expectativa total que sejam conduzidas de forma livre, justa e confiável, com todas as instituições agindo segundo seu papel constitucional.”


Por CARTACAPITAL

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