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Adolescente de 14 Anos Revela Envolvimento em Crimes Cibernéticos em Entrevista Exclusiva

A jovem, apreendida em operação da Polícia Civil do Paraná, compartilha sua experiência em um grupo do Discord que promovia atos violentos, incluindo um ataque transmitido ao vivo.

Por: Cruz das Almas news - Matéria original g1

Adolescente detalha crimes cometidos em grupos no Discord — Foto: Reprodução/TV Globo

Em uma entrevista exclusiva ao Profissão Repórter, uma adolescente de 14 anos, apreendida em uma operação contra crimes cibernéticos da Polícia Civil do Paraná, revelou detalhes perturbadores sobre sua participação em um grupo criminoso no Discord. A jovem é suspeita de estar envolvida em um ataque a um morador de rua no Rio de Janeiro, que foi filmado e transmitido ao vivo em redes sociais.

A entrevista, autorizada pela Justiça e pela família da adolescente, trouxe à tona a realidade de um mundo virtual onde ela atuou como "gerente de dados" em uma comunidade com mais de 3 mil crianças e adolescentes. Segundo a jovem, o líder do grupo, identificado como Andrei, de 25 anos, organizava eventos pagos que atraíam espectadores.

“Eu era namorada do que tacou fogo no mendigo. Tudo começou em 2023, quando comecei a jogar online e conheci pessoas que me ofereceram trabalhos em servidores, e acabei me envolvendo em associações criminosas”, contou a adolescente.

Eventos Pagos e Violência

Durante sua permanência no grupo, a jovem participou de cerca de 300 eventos ao vivo, muitos dos quais envolviam automutilação. “Normalmente eram garotas se automutilando. Eu gravava e mandava tudo para o Andrei”, revelou. Ela também explicou a dinâmica de poder dentro do grupo, onde aqueles que promoviam eventos violentos ganhavam popularidade e respeito.

“Ele [Andrei] fica respeitado porque as pessoas têm medo dele. No começo eu não era, mas o Andrei me tornou popular”, afirmou.

Ameaças e Extorsão

Além de gravar os atos, a adolescente também ameaçava vítimas que se recusavam a participar. “Eu puxava os dados das garotas que não queriam obedecer e ameaçava. Pegava informações da mãe e dizia que tinham 10 minutos para decidir, senão a gente acabava com a vida delas”, relatou.

Ela revelou sentir-se presa ao grupo, às vezes como uma vítima das próprias ameaças que fazia. “Eles ameaçavam não me pagar e contar para os meus pais, o que me prendia mais naquele mundo”, desabafou.

Reflexões sobre a Vida Pessoal

A jovem também compartilhou que começou a se automutilar em 2022, em um período difícil de sua vida, e lamentou a falta de controle dos pais sobre suas atividades online. “Se meus pais tivessem monitorado melhor o que eu acessava, talvez minha história tivesse sido diferente”, concluiu.

A entrevista destaca a necessidade urgente de supervisão e diálogo entre pais e filhos em um mundo cada vez mais digital, onde o perigo pode se esconder em plataformas aparentemente inofensivas.

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