Atentado terrorista em Sydney atinge comunidade judaica; entre as vítimas estão crianças e um rabino. Autoridades australianas investigam e reforçam segurança em áreas judaicas.
Por: Cruz das Almas News - G1
![]() |
| DAVID GRAY |
Neste domingo (14), um violento ataque durante as celebrações do Hanukkah na praia de Bondi, em Sydney, resultou na morte de 15 pessoas e deixou cerca de 40 feridas, incluindo dois policiais. As idades das vítimas variam de 10 a 87 anos, destacando a tragédia que, de forma impactante, também levou ao falecimento de uma menina no hospital.
Dois homens armados, pai e filho, foram os responsáveis pelos disparos. O pai, de 50 anos e portador de licença para armas, foi morto em confronto com a polícia. Seu filho, de 24 anos, foi detido com ferimentos graves, mas seu estado de saúde é considerado estável.
O comissário da polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, descreveu o ataque como um "incidente terrorista". Entre os mortos está o rabino Eli Schlanger, de 41 anos, nascido em Londres, segundo reportagens da BBC e do The Guardian. Um israelense também perdeu a vida durante o ataque.
O Itamaraty informou que, até o momento, não há confirmação de brasileiros entre os feridos. Lanyon garantiu que não há indícios de outros suspeitos envolvidos no ataque. O estado de saúde dos dois policiais e de outros feridos é considerado grave.
O Primeiro-Ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, afirmou que o ataque foi deliberadamente projetado para atingir a comunidade judaica em um momento de celebração, no primeiro dia do Hanukkah. Ele elogiou um homem que, arriscando sua própria vida, conseguiu desarmar um dos atiradores*.
A Polícia de Nova Gales do Sul também comunicou ter retirado um objeto suspeito de um veículo próximo ao local do ataque, e uma área de exclusão foi estabelecida enquanto os agentes investigam a situação.
As imagens do ataque geraram comoção internacional e resultaram em declarações de condenação por parte de líderes de várias nações. A Ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, descreveu o tiroteio como "repugnante". Ela expressou sua solidariedade à comunidade judaica e enviou condolências às famílias afetadas.
A reação global foi rápida, com os Estados Unidos, por meio do secretário de Estado, condenando veementemente o ataque, e António Guterres, secretário-geral da ONU, classificando-o como um "ataque hediondo".
Historicamente, os tiroteios em massa são raros na Austrália, principalmente após a forte reação legislativa que se seguiu ao massacre de Port Arthur em 1996. A tragédia de Bondi renova o debate sobre segurança e a presença da violência armada no país.
*Quem é Ahmed al Ahmed, pai de dois filhos que desarmou agressor em meio a tragédia que resultou em 15 mortes.
Durante o tiroteio, Ahmed al Ahmed, um comerciante de frutas de 43 anos e pai de dois filhos, mostrou coragem ao enfrentar um dos agressores. Em meio ao pânico e à confusão, ele conseguiu desarmar o atirador e apontar a própria arma do agressor contra ele, contribuindo para salvar vidas.
Este ato de bravura surge em um contexto de tragédia, onde o ato de um homem pode ter feito toda a diferença, ressaltando a necessidade de apoio e resiliência em meio à dor que a comunidade de Bondi enfrenta atualmente.



0 Comentários