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Assassino confesso, Ezequiel Lemos Ramos diz que cometeu o crime porque a ex-mulher lhe devia dinheiro. Família da vítima nega a informação
O crime ocorreu nessa segunda-feira (12/9) perto da escola infantil O Rei Leão, na Avenida Rodolfo Pirani, no Parque São Rafael, na zona leste de São Paulo.
A mulher e o filho mais novo Luiz Inácio Nicolich Lemos foram baleados e socorridos em hospitais da região, mas não sobreviveram. A criança de 5 anos não foi atingida.
Uma câmera de segurança registrou o Fiat Uno branco saindo do controle e batendo em um poste. As imagens mostram que em seguida o homem aparece correndo atira novamente e saí apressado.
Testemunha
Ezequiel estava em um Fiat Mobi cinza estacionado do outro lado da rua. A mulher buscou os dois filhos do casal na escolinha e entrou no veículo. Nesse momento, o homem começou a atirar, de acordo com o relato de uma testemunha ao G1. Michelli tentou fugir com o carro, mas acabou perdendo controle do veículo e batendo contra um poste.
“Ele chegou e atirou mais ainda. Ele tirou a camisa e falou: ‘Pode ligar pra polícia prender eu (sic) em flagrante'”, disse a testemunha ao G1.
Ezequiel é estudante de medicina, tem registro de colecionador de armas, atirador desportivo e caçador (CAC) e tem no braço esquerdo uma tatuagem com o rosto do candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Abaixo da imagem tatuada, está escrito free (livre, em inglês).
Prisão
Ezequiel Lemos Ramos se rendeu e desarmado foi detido em flagrante por um policial militar de folga. No 49º Distrito Policial (DP), São Mateus, o homem foi indiciado por duplo homicídio doloso qualificado por feminicídio e emboscada e tentativa de homicídio.
A Polícia Civil ainda não encontrou a arma usada no crime, mas pediu a prisão preventiva de Ramos. O homem tinha registro de colecionador de armas, atirador desportivo e caçador (CAC). Em nota, a corporação informou que realiza diligências para localizar a arma do crime e investiga se houve a participação de uma segunda pessoa no caso.
Em depoimento à polícia, Ezequiel alegou que procurou a ex-mulher porque ela deveria R$ 70 mil para ele. A família de Michelli, contudo, nega essa versão e diz que o homem a agrediu quando ela descobriu que ele estava em um site de relacionamento. A vítima teria, inclusive, uma medida protetiva contra Ezequiel.
Agressivo, o homem já tinha histórico de violência contra a ex-mulher. Ele chegou a ser preso em Ponta Porã no último mês de maio, após acertá-la com um soco e apontar uma arma para a cabeça dela durante uma discussão.
METRÓPOLES
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